quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Entrevista com a Fga. Gabriela Cintra Januário


Fonoaudióloga da Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) – Coordenadoria de atenção à saúde da pessoa com deficiência.


1- Como surgiu a ideia da triagem auditiva neonatal?
Percebemos a necessidade diante da inexistência de um programa estadual estruturado com protocolo único e financiamento pelo SUS. Considerando as evidências científicas do benefício do diagnostico precoce das perdas auditivas nos neonatos constatamos a necessidade de estruturar o Programa Estadual de Triagem Auditiva Neonatal.

2- Como foi a iniciativa?
Estruturamos o Programa de forma integrada à Rede Estadual de Saúde Auditiva, já implantada desde 2005, de forma a possibilitar a continuidade da atenção à saúde auditiva das crianças identificadas pela Triagem Auditiva Neonatal.

3- Qual o processo burocrático percorrido para chegar a alcançar a implantação da TANU em Minas Gerais?
Em setembro de 2006 entrei na SES, e em março de 2007 apresentamos a proposta internamente para os setores da SES, que foi aceita e aprovada pelo Secretário de Saúde. Em 18 de outubro de 2007 foi aprovada a Resolução SES nº1321 e a partir daí iniciamos os credenciamentos de maternidades como Serviços de Referência de Triagem Auditiva Neonatal, integrados à Rede Estadual.

4- Quais foram às dificuldades para implantação do programa em Minas?
Morosidade no processo de credenciamento das unidades associada à falta de conhecimento e mobilização por parte dos gestores, diretores das instituições e dos profissionais de saúde.

5- Qual a motivação pessoal?
Pela formação profissional como fonoaudióloga e pela questão do histórico de minha família com o “Teste do Pezinho”.

6- Qual a importância da TANU para a saúde pública?
Uma das principais importâncias é possibilitar que as crianças com perda auditiva tenham a chance de desenvolver a linguagem oral.

7- O que você acha que podemos fazer em termos de programas de saúde para conscientizar a população da importância do exame?
Criar uma articulação mais próxima com a atenção primária para que os profissionais das unidades básicas de saúde “vistam a camisa” da TAN; incluir o tema da saúde auditiva infantil na formação dos profissionais de saúde e buscar estratégias de educação continuada.

8- Como ampliar a triagem para as cidades do interior?
É necessária a garantia de recursos para o credenciamento de novas unidades. Atualmente temos 33 maternidades de referência sendo a meta da primeira etapa 45. O investimento atual é de 1,5 milhões de reais e deve chegar a 8 milhões ao considerar cobertura de 100% dos nascidos vivos de MG.

9- Onde a triagem foi implantada primeiro? Cite algumas cidades que já tem o programa de triagem.
O programa foi implantado 1º em Belo Horizonte, e logo depois em Passos e Barbacena, Juiz de Fora, Uberlândia, Montes Claros, Teófilo Otoni, Alfenas, Uberaba, Itabira, Uberlândia, Diamantina, Sete Lagoas, Lagoa Santa, Pouso Alegre, Ponte Nova, Ubá, Varginha, Patrocínio, Ibirité, Campo Belo, Brasília de Minas, Divinópolis. Vai iniciar em breve em Ribeirão das Neves, Contagem e Governador Valadares.
Apenas dois estados brasileiros possuem programas estaduais de triagem auditiva neonatal: Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Nos outros estados e municípios o programa é realizado por iniciativa municipal ou das próprias instituições.

10- Em qual município tem dado mais certo e por quê?
O município que mais dá mais certo é BH, pois o programa municipal foi integrado com a atenção primária. A TAN é agendada pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde, unidades com as quais os usuários já possuem vínculo. 

Um comentário:

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