Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 15 milhões de brasileiros tem problemas com audição, sendo que deste total, apenas 40% dos afetados reconhecem a doença.
Hoje dia 26 de setembro, a Comunidade Surda Brasileira
comemora o Dia Nacional do Surdo. A data foi criada pela Lei nº 11.796/2008, há apenas dois anos. Esta foi escolhida, pois no mesmo dia em 1857 foi inaugurada a primeira escola para Surdos no país em 1857, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES- Instituto Nacional de Educação de Surdos. Neste dia são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. A Federação Mundial dos Surdos celebra o Dia do Surdo internacionalmente no dia 30 de setembro.
Uma das melhores formas de
incluir os surdos na sociedade é tornando possível a comunicação deles com
as demais pessoas. Para isso existe a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Esta
não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte,
como o comprova o fato de que em outros países usam-se uma língua de
sinais diferente.
Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação. Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa língua.
Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na libras existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil.
O Decreto 5.626/2005 torna obrigatório o ensino da
Língua Brasileira de Sinais nos cursos de formação de professores e a educação
bilíngue nas escolas onde estejam matriculados alunos com deficiência auditiva.
Ele também obriga os órgãos públicos a terem intérpretes de Libras para
facilitar o atendimento aos cidadãos surdos.
Desde 2002 a língua brasileira de sinais, passou a ser reconhecida como Língua Oficial da Comunicação dos Surdos. Outros meios de comunicação também auxiliam o surdo no seu dia a dia, como o close caption,que possibilita o surdo assistir os programas de TV da mesma forma que as demais pessoas, a internet que é um meio que facilita o contato e também o ensino a distância para os surdos e os torpedos de celulares que facilitam a liberdade de comunicação .
Atualmente vários surdos estão completando o nível superior, mostrando a sociedade sua capacidade para o trabalho e também para a educação.